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Amazônia

Em 2023, embarquei em uma jornada transformadora de 2500 km pela Floresta Amazônica brasileira, um dos ecossistemas mais pressionados do planeta.

Apesar da condição crítica em que a floresta se encontra, fui profundamente tocado pela esperança e pela resiliência das pessoas e projetos que conheci. Tornar-se um guardião da floresta não requer abandonar tudo e viver em autossuficiência; começa por reconhecer nossas limitações e dar voz àqueles que há muito tempo defendem sua terra ancestral.

Por meio deste trabalho editorial e documental fotográfico, optei por manter tudo cru e sem filtros. Meu objetivo é abrir janelas para este mundo, permitindo que você se imagine atrás da lente.

Contexto
Nato Tupinambá preparing a defumation ceremony

Quando pisei na Amazônia pela primeira vez, achei que compreendia plenamente o que me aguardava. Fiz minhas pesquisas, como qualquer pessoa preocupada com este lugar e seus desafios. Mas, mesmo sabendo que esta é a maior floresta tropical do planeta — estendendo-se por mais de nove países e cobrindo 6,9 milhões de quilômetros quadrados, mais que 28 vezes o tamanho do Reino-Unido —, eu não conseguia compreender o ecossistema que ela realmente é. Há algo em sua escala, em seu pulso, em sua complexidade avassaladora que só se capta ao vivenciá-la de perto.

Quando falamos da Amazônia, a conversa costuma girar em torno de sua biodiversidade e da urgência de protegê-la. Somos bombardeados com fatos: Você sabia que 10% das espécies conhecidas no mundo vivem aqui? Ou que, desde 1988, cerca de 20% da floresta original foi destruída para dar lugar à agricultura, à mineração e à extração de madeira? Some-se a isso os incêndios e a exploração de recursos, e mais da metade da Amazônia já sentiu o impacto humano.

Esses fatos são alarmantes e importantes. Eles cumprem o papel de nos alertar sobre a crise que enfrentamos, mas também distorcem o prisma pelo qual deveríamos encarar a Amazônia. Muitas vezes nos fixamos tanto nas árvores e na vida selvagem que esquecemos a verdadeira chave para a sua preservação: os 30 milhões de pessoas que pertencem a este bioma.

Acima de tudo, precisei reconhecer que proteger a Amazônia vai além de salvaguardar a biodiversidade e combater as mudanças climáticas; envolve reconhecer as pessoas que habitam essa região e cujas culturas estão profundamente entrelaçadas com a floresta. É fundamental permitir que elas representem sua terra natal e garantir que suas vozes sejam ouvidas. Como cidadãos globais, precisamos entender que o destino dos habitantes da Amazônia está intrinsecamente ligado ao destino da própria floresta.

The millenium Samaúma: a grandmother of the Tapajós FLONA
Forest cut for maize plantations along the Tapajos river
Forest burnt for subsistence planting, especially manioc
Manioc fields once the land has been cleared
As artérias envenenadas da Amazônia

A vida na Floresta Amazônica gira em torno de seus cursos d'água – rios e canais que servem como rotas essenciais em uma região onde a vegetação densa torna o deslocamento terrestre quase impossível. Crianças remam para a escola em canoas de madeira, e barcos de linha transportam pessoas e mercadorias para cidades às margens dos rios.

As Comunidades Ribeirinhas são comunidades tradicionais que vivem ao longo desses rios em áreas remotas do Brasil. Vivendo em harmonia com os ritmos das águas, suas casas são construídas sobre pilares, pois os níveis dos rios da Amazônia variam dramaticamente – em média 11 metros entre as estações seca e cheia. Com a floresta submersa, as crianças aprendem desde cedo a navegar de canoa, dependendo do rio como seu principal meio de transporte.

Durante meu primeiro cruzeiro de Belém a Santarém, observei como essas comunidades interagem com barcos de linha como o que eu estava. Famílias atracavam habilmente suas embarcações ao lado do nosso barco em movimento, vendendo produtos caseiros como açaí e camarão seco, para a alegria dos viajantes. Crianças, cheias de alegria, remavam para brincar no rastro do barco ou se aproximavam na esperança de receber um presente de um viajante que passava.

Daily fishing outing
Loading line boats with Açaí
Dido's tour through Tapajo's igapo
Communidade Ribeirinhas Kids playing in their frontporch
Communidade ribeirinhas: Canoe paddling

O Rio Amazonas, o maior do mundo em volume, contribui com um quinto de toda a descarga de água doce dos oceanos. No entanto, hoje está contaminado; a indústria de mineração introduziu metais pesados em suas águas, resultando em uma contaminação generalizada. Em algumas regiões, até 40% dos peixes agora apresentam mercúrio, afetando todos os seres vivos que os consomem.

Antes central na dieta amazônica, compondo mais de 92% da nutrição semanal, os peixes estão sendo substituídos por alternativas mais seguras. Predadores sofrem com insuficiência renal e hepática. As margens, o solo e a vegetação estão se tornando degradados.

Além disso, a seca de 2023 foi a pior em séculos. As pessoas ficaram sem transporte, saneamento, alimentos e água. Yara, a deusa das águas, tornou-se central nas orações de muitos.

Embora os níveis das águas tenham retornado ao normal, a ameaça persiste. Com o aquecimento global causando temperaturas e padrões climáticos cada vez mais extremos, quem pode prever o que a seca do próximo ano trará?

Farmer's family collecting brazilian nuts
Farinha de Mandioca: Um Pilar de Tradição, Moldado pelo Descaso

A farinha de mandioca, é um alimento básico na Amazônia, essencial a cada refeição. Ela acompanha quase todos os pratos, do peixe com arroz ao macarrão e até o açaí, tornando-se um pilar fundamental da dieta amazônica.

Tradicionalmente, as famílias preparam sua própria farinha por meio de um processo trabalhoso dividido em três etapas: secar e vedar as raízes, triturá-las em fragmentos finos e, por fim, torrá-las até alcançar a textura e o sabor desejados. Esse ritual semanal está profundamente enraizado na cultura e na subsistência da região.

Entretanto, o processo de cultivo da mandioca é igualmente exigente. Após cada colheita, as raízes da planta devem ser removidas do solo para preparar a terra para o próximo plantio. Infelizmente, devido à falta de recursos adequados, ferramentas modernas e apoio governamental, os agricultores locais frequentemente enfrentam desafios esmagadores. Sem meios para manejar suas lavouras de forma eficiente, muitos recorrem a queimar a terra após cada colheita.

Esse método drástico ajuda a reduzir o trabalho manual intenso necessário para limpar as áreas, permitindo aos produtores replantar com rapidez e seguir produzindo farinha de mandioca. A urgência de preparar a próxima safra é ditada pela necessidade — garantindo que possam manter seu suprimento de alimentos antes que a fome se instale.

Em um ambiente onde a agricultura já é difícil, esse ciclo de queimas agrava o dano ambiental, exercendo ainda mais pressão sobre o delicado equilíbrio entre a sobrevivência e a sustentabilidade na Amazônia. Mas precisamos enxergar esse ciclo destrutivo como um reflexo de um problema sistêmico mais amplo: uma crônica falta de investimento e interesse em apoiar as comunidades tradicionais, que movimentos conservadores frequentemente apresentam como inevitável, em vez de reconhecerem como fruto de políticas deficientes e recursos inadequados.

Manioc flour step 1: Drying
Manioc flour step 2: Crumbing
Manioc flour step 2: Crumbing
Manioc flour step 3: Roasting
Mamiraúa's only camp land base manatee Amana
Mamiraúa's former manatee research base

Os institutos estão estabelecendo sua presença na Amazônia por meio de bases de pesquisa flutuantes, permitindo que se adaptem às oscilações do nível da água e contornem problemas relacionados à propriedade da terra. A maioria dessas bases é construída com troncos de árvores, formando plataformas flutuantes, e projetadas para serem facilmente desmontadas sem causar danos ambientais. Elas oferecem um espaço confortável e condições adequadas de trabalho para os pesquisadores, que geralmente passam vários dias por mês ali.

 

No entanto, as condições extremas de temperatura, chuva e umidade cobram seu preço sobre essas estruturas de madeira, tornando-as inutilizáveis após cerca de 10 anos. Com o investimento federal limitado em ciência no Brasil, a construção de bases de alumínio mais ambiciosas e duráveis — que proporcionariam melhor isolamento e condições de trabalho aprimoradas — fica restrita.

A Ciência no Coração da Conservação Amazônica

Desde a promulgação da Constituição brasileira em 1988 e a criação de institutos nacionais de pesquisa, a ciência tem ocupado um papel central na luta ecológica na Amazônia. Por meio de estudos rigorosos dos contextos sociais, econômicos, políticos e geográficos da região, o biólogo João Paulo Capobianco e Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, desenvolveram o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). A implementação desse plano levou a uma redução dramática no desmatamento, com a perda anual de floresta caindo de 22 mil quilômetros quadrados em 2004 para 4 mil em 2010.

Uma das principais instituições envolvidas nesse esforço é o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, fundado em 1999 e apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil. O instituto foi criado pelo biólogo José Márcio Ayres após a identificação de um dos primatas mais singulares da Amazônia: o uacari-branco-de-cara-vermelha. Ele recebeu o nome da Reserva Mamirauá, uma área protegida do tamanho da Suíça, renomada por sua extraordinária biodiversidade.

Institutos de pesquisa como o Mamirauá são fundamentais para compreender a Amazônia, um dos ecossistemas mais misteriosos e menos estudados do planeta. Abrangendo nove países e ocupando uma área equivalente a duas vezes o tamanho da Índia, a Amazônia continua em grande parte inexplorada. Por exemplo, apenas entre 2014 e 2015, quase 240 novas espécies foram documentadas.

Grande parte desse progresso só foi possível graças à estreita colaboração com os povos originários, cujo conhecimento e percepção são inestimáveis. Soluções sustentáveis para os complexos desafios da região só podem ser alcançadas investindo em pesquisa científica, entendendo as necessidades da população local e criando políticas que abordem as intrincadas dimensões ecológicas e socioeconômicas da Amazônia.

Mamiraúa's former manatee research base
Musa grasshoper new specie
Boa Vista community pulp mill house

Além de seu trabalho valioso na compreensão do ecossistema amazônico, institutos de pesquisa como o Mamirauá entendem profundamente a importância da presença indígena na região. Muitas de suas conquistas dependem de trocas com as comunidades locais, apoiando-se em seus conhecimentos ancestrais. Dessa forma, os institutos cumprem um papel significativo no apoio a essas comunidades, ampliando seu alcance político e sua representatividade. Como resultado, inúmeros projetos puderam florescer e se desenvolver.

Um exemplo é a comunidade de Boa Vista, que, com o suporte do Mamirauá, agora conta com uma unidade básica de saúde com serviços odontológicos, além de uma casa de produção de polpa de frutas, visível à esquerda, de onde distribuem produtos para cidades de todo o município.

Research Base Mamiraua Manatee
Communidade Boa Vista, phone booth
A Crise do Pirarucu: Uma História Resolvida pela União entre Ciência e Sabedoria Indígena

Em 2010, ocorreu uma situação semelhante quando a espécie de peixe amazônico emblemática, o arapaima (pirarucu) — o maior peixe de água doce com escamas do mundo — foi adicionada à lista de espécies ameaçadas e passou a ser alvo de escrutínio. O governador do estado do Amazonas proibiu abruptamente a pesca dessa espécie da noite para o dia. O que parecia uma boa solução apenas se somou à lista de decisões neocoloniais impostas ao território amazônico.

De fato, o arapaima, que pode chegar a 3 metros de comprimento e pesar 200 kg, é um alimento básico na dieta local e insubstituível para comunidades remotas que o consomem há séculos sem causar prejuízos ecológicos, já que faz parte do equilíbrio da região. Como resultado, quase 250 grupos étnicos da floresta foram forçados a comprar alimentos alternativos com seus recursos financeiros limitados ou continuar a pesca artesanal ilegalmente. Sem mencionar os pescadores, que se viram completamente privados de seus meios de subsistência.

Diante dessa crise alimentar não abordada pelo Estado, institutos de pesquisa decidiram agir. Estabeleceram rapidamente uma cota de 30% e um tamanho mínimo de captura de 1,5 metro, permitindo às comunidades pescar sem afetar o crescimento da espécie. No entanto, quantificar a quantidade de peixes em uma área era um problema. Determinados, eles destinaram recursos para usar redes nos lagos formados durante a estação seca, a fim de contar manualmente os arapaimas. Embora eficaz, essa solução era limitada devido ao método arcaico de quantificação.

 

Somente quando o conhecimento local se somou ao projeto foi possível expandi-lo por toda a região. Depois de usar a técnica das redes em algumas comunidades e com os fundos do projeto quase esgotados, os pesquisadores encontraram um pescador que sabia contar os peixes ainda na água. Ele explicou que a característica única do pirarucu, em comparação com outros peixes, é que ele respira ar, permitindo a uma pessoa atenta diferenciar os indivíduos e determinar seu número. Ao aprender essa técnica, o programa de “Manejo do Pirarucu” se espalhou por todos os cantos da Amazônia, ajudando a resolver a crise alimentar.

Hoje, com a pesca legal e certificada de forma sustentável, uma infraestrutura real está se desenvolvendo. Pescadores que seguem as cotas estabelecidas pelos institutos podem até vender parte de sua captura — obtida e processada em boas condições sanitárias — para outros municípios e estados, obtendo preços mais elevados.

Pirarucu, araipama
Tefé
Tefé
Taxi Cab
Tefé Harbour
vulture fridge Tefé
Amazônia Urbana, a Chave para a Mudança

Pode parecer contraproducente, mas uma parte fundamental do trabalho de proteção do bioma amazônico precisa ocorrer em suas cidades. Devido à floresta densa e ao desenvolvimento assimétrico do Brasil, com a maior parte do orçamento nacional concentrada no sul, a região amazônica sofre com significativa falta de infraestrutura, especialmente em áreas remotas. As opções de transporte são extremamente limitadas, dificultando a logística e tornando tudo consideravelmente mais caro. Essa escassez de infraestrutura e altos custos torna muito difícil construir e manter projetos nesses locais afastados. Como consequência, as cidades abrigam cerca de 70% da população da região, detendo o verdadeiro poder de influenciar a política e liderar a transformação ecológica urgente de que a Amazônia precisa.

No entanto, um dos maiores desafios que enfrentamos é uma crise de identidade entre os moradores urbanos da região. Muitos residentes têm dificuldade em assumir com orgulho sua conexão com o bioma florestal. Por muito tempo, a Amazônia foi vista como um vasto espaço vazio — um obstáculo ao desenvolvimento. Para os garimpeiros de fortuna, identificar-se como amazônida significa compartilhar espaço com macacos, árvores e, pior ainda em sua percepção, comunidades indígenas.

Veja Belém, por exemplo — a segunda maior cidade da Amazônia, com 1,4 milhão de habitantes. Frequentemente, ela minimiza sua identidade de cidade florestal. De fato, quando Belém sediar a COP 30 em 2025, muitas pessoas em todo o país ficarão surpresas ao saber que a cidade está rodeada pela Amazônia e situada em suas margens.

Para que a Amazônia seja preservada, suas cidades devem abraçar seu papel. As pessoas que ali vivem são fundamentais nessa luta, e seu envolvimento será crucial para garantir o futuro desse ecossistema vital. Mas essa lacuna de identidade não é apenas uma questão de filiação pessoal; reflete uma discrepância ideológica mais profunda na forma como a Amazônia é percebida e concebida.

Por quase um século, a estratégia de desenvolvimento amazônico foi direta: explorar a floresta como um recurso para impulsionar o crescimento do país e sua segunda revolução industrial. Em 1967, a Zona Franca de Manaus foi criada, rapidamente ganhando destaque e hoje respondendo por 80% do PIB do estado do Amazonas. Ela se tornou o terceiro maior polo industrial do Brasil, graças a um sistema de incentivos atraentes e isenções fiscais. Atualmente, abriga mais de 500 empresas de alta e média tecnologia, com atores de peso em setores como a engenharia mecânica e a tecnologia, incluindo gigantes globais como Honda, Nokia, LG, Siemens, Philips, Pioneer, Toshiba, Gillette, Coca-Cola e Microsoft.

Isso ficou ainda mais claro para mim durante minha viagem pelo Pará, quando passei pela cidade de Belterra. Chocado e intrigado com sua arquitetura de estilo norte-americano, investiguei as origens do lugar e descobri que ela foi fundada em 1927 por Henry Ford, o famoso inventor da linha de montagem e fundador da Ford Motor Company. A ideia era estabelecer uma plantação racional de borracha na Amazônia, com o objetivo de transformar a região na maior produtora mundial de borracha natural. Para acomodar as famílias dos funcionários deslocados para o projeto, foram construídas casas, hospitais, escolas, ginásios e armazéns no estilo americano. A cidade originalmente se chamava Fordlândia.

No entanto, o surgimento da borracha sintética e o baixo custo de produção na Ásia mudaram o rumo dos acontecimentos. Hoje, Belterra é praticamente uma cidade fantasma, um fóssil da ambição amazônica.

Essa oposição ideológica e identitária dividiu a floresta em duas — de um lado, os ativistas; do outro, garimpeiros, madeireiros e agricultores. Hoje, essa oposição se transformou em guerra. Com pouquíssimos meios para controlar essa vasta floresta, muitos trabalhadores invadem regiões ilegalmente para explorá-las. Em resposta, os amazônidas se erguem e resistem, muitas vezes enfrentando armas de fogo. Eles enviam seus líderes à capital para expressar sua insatisfação e exigir uma resposta firme do Estado. Esse embate resulta em inúmeras ameaças e mortes.

Seria fácil colocar toda a culpa no governo brasileiro e criticar suas políticas para a Amazônia. Também seria fácil demonizar os trabalhadores da indústria, transformando-os em inimigos da região por meio da demagogia. Mas a verdade é mais complexa. O Brasil, com sua ambição de se tornar uma potência global, há muito tempo segue um modelo de desenvolvimento ocidental, o que ainda o rotula como um “país subdesenvolvido”. Estamos falando de um país sem sistema público de educação e com expectativa de vida de apenas 60 anos. Um país onde as pessoas não podem contar com auxílio federal para sobreviver.

Nesse contexto, cada um faz o que pode para atender às suas próprias necessidades e às de suas famílias. E não podemos esquecer que a mineração, a exploração florestal e a agricultura são quase totalmente impulsionadas por mercados externos (Europa, EUA, China). Não digo que o Brasil e os brasileiros não tenham responsabilidade pela crise ecológica da Amazônia, mas precisamos repensar as forças mais amplas que movem essa exploração e talvez nos afastar da pressão global para proteger aquilo que o mundo chama de “os pulmões da Terra”.

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